MEDINDO O IMENSURÁVEL – Parte 2/3
- Gabriel Giussani
- 23 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de set. de 2021
Fonte: The AREOPA Group
Muito se escreveu sobre propriedade intelectual. Porém, existe um conceito mais amplo, que inclui a Propriedade Intelectual, que é o Capital Intelectual.
Definimos Capital Intelectual em uma publicação anterior como aquele material intelectual (conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência) que pode ser usado para criar riqueza.
Na Figura 1, é mostrado que se adicionarmos sintaxe aos bits e bytes, eles se tornam dados; se adicionarmos semântica, torna-se informação; se adicionarmos contexto, ele se torna conhecimento; se adicionarmos uso, torna-se “know-how”; se adicionarmos prática, torna-se experiência; E se adicionarmos eficiência, torna-se expertise. A partir dessa transformação, Informação e Conhecimento são (ou geralmente são) explícitos. No entanto, o “know-how”, a experiência e os conhecimentos são implícitos ou tácitos. Ou seja, estão nas pessoas que executam as funções (principais portadores de conhecimento), mas raramente são documentadas.
Figura 1

Isso significa que se uma pessoa portadora de algum desses componentes sair da empresa, esse componente se perderá. E esse é um risco importante para a empresa, principalmente considerando que 90% do valor das empresas é intangível ou gerado por elementos intangíveis (Fonte: Intellectual Capital Management - Bradley University SEI 330, com base no ranking Fortune 100).
Portanto, gerenciar o Capital Intelectual torna-se fundamental. Ou seja, grande parte dele é identificado, explicitado, documentado, armazenado e reaproveitado, de forma que esse ativo da empresa continue a pertencer à empresa.
Nesse sentido, um inventário de conhecimentos intangíveis deve primeiro ser montado, considerando os processos, planos e documentações existentes, sistemas, clientes, redes e contatos, parceiros de negócios, alianças estratégicas, procedimentos, estratégias e gestão, informações sobre serviços e produtos, qualidade padrões para serviços e produtos, cultura.
Em seguida, com base no Modelo das 4 folhas® da AREOPA* (Figura 2), devem ser identificados os pontos relevantes em cada categoria; entre eles:
Dentro do Capital Humano: Know-How, Educação, Conhecimento relacionado ao trabalho, Competências relacionadas ao trabalho, Inovação, Competências proativas e reativas, Atitude frente à mudança, Habilidades sociais, Personalidade, etc.
Dentro do Capital Estrutural: Patentes, Direitos Autorais, Marcas, Filosofia Administrativa, Cultura Corporativa, Processos e Procedimentos, Sistemas de Informação, Relações Financeiras, etc.
Dentro do Capital do Cliente: Marcas, Reputação, Clientes, Fidelização de Clientes, Canais de Distribuição, Contratos, Acordos de Franquia, etc.
Dentro do Capital de Alianças Estratégicas: Fornecedores e parceiros, etc.
Figura 2

Continuar procurando os pontos nas interseções das 4 categorias. Ou seja, os temas que afetan mais de uma categoria.
Uma vez identificados os portadores do conhecimento intangível, esse conhecimento deve ser explicitado e documentado.
Mas documentar não é suficiente. Deve poder ser armazenado e reutilizado, de forma a ser útil e acessível a todos os que dela necessitam, dentro da empresa.
Este processo, que a AREOPA realiza com uma metodologia de 10 etapas, é essencial para poder passar ao próximo nível: atribuir um valor monetário aos intangíveis, considerando também os custos incorridos para manter esse Capital Intelectual.
E isso será assunto de outra postagem.
* A AREOPA foi fundada em 1987 como uma empresa de consultoria de gestão. A AREOPA construiu ao longo dos anos uma sólida reputação no desenvolvimento de métodos, modelos e ferramentas em áreas como "Gestão da Mudança", "Capital Intelectual" e "Gestão do Conhecimento e e-Learning" e na prestação de serviços. Empresas de consultoria que utilizam estes métodos, modelos e ferramentas.
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